Se a opção escolhida pelo paciente e profissional após exame clínico, anamnese (questionário) e avaliação da pasta ortodôntica foi ortodontia – aparelho fixo, ao invés de ortopedia funcional dos maxilares aparelhos tipo móvel, então, vamos lá!
Em primeiro lugar, o dentista avalia se é necessária a colocação de bandas (anéis) nos dentes posteriores. Se for, é preciso colocar umas borrachinhas (separadores) nos dentes e o paciente fica uma semana com elas para abrir espaço para a colocação dos anéis. É uma fase um pouco dolorida devido à pressão das borrachinhas, mas é passageiro, durando em torno de dois dias.
Após é marcada uma próxima consulta para colocação dos anéis (bandas) e a colocação dos bráquetes (colados nos dentes) na arcada mais problemática: superior ou inferior. Feita a instalação da aparatologia ortodôntica, a sensação é de uma boca mais volumosa. O dentista fornece um bastão de cera protetora para colocar em torno dos bráquetes, caso as bochechas fiquem machucadas. No início, isso pode ocorrer, afinal, é um corpo estranho! Inclusive os dentes ficam um pouco doloridos de dois a cinco dias após a instalação e manutenções .
O dentista irá orientá-lo também em relação à escovação e cuidados necessários para o bom funcionamento do tratamento. Veja no blog o texto sobre dificuldades com o uso do aparelho.
A próxima consulta de manutenção do aparelho fixo ocorre entre 20 e 30 dias após a instalação. Nessa consulta, já são avaliados os primeiros resultados.
Pode parecer um pouco incômodo e complicado no início, mas fique tranquilo. Como tudo, existe a fase de adaptação, mas, logo o aparelho “fará parte de você” e quando começar a ver os resultados será super animador!
Muitos dos meus pacientes se assustam um pouco com os efeitos que o uso do aparelho ortodôntico pode influenciar na sua rotina, com as dificuldades do uso do aparelho. Na verdade, como tudo na vida, logo o paciente se acostuma. E mais, quando começa a ver os resultados, percebe que vale a pena, sim!
Mas vale comentar alguns pontos, que são as maiores queixas dos meus pacientes de ortodontia, sejam adultos ou crianças.
O aparelho ortodôntico fixo, logo que colocado, é um pouco incômodo e pode machucar as bochechas, mas, com o tempo volta, tudo ao normal. Os principais efeitos são sentidos logo após as manutenções: em torno de 2 dias, os dentes ficam mais sensíveis pois é exercida mais pressão nos dentes. Para aliviar um pouco o incômodo nas bochechas, recomendo o uso da cera protetora.
Com relação à fala, no início do tratamento, a pessoa pode apresenta um pouco de dificuldade para falar. Isso é bem normal, mas, acostuma. Logo, logo, o paciente já está tirando de letra esta questão.
Quanto à mastigação, os pacientes também costumam se queixar. Dicas para driblar essa dificuldade do uso do aparelho ortodôntico: cortar bem os alimentos mais sólidos; comer frutas cortada, sem morder direto; evitar bala, chicletes e pipoca.
O aparelho móvel também traz algumas dificuldades no uso do aparelho. A adaptação para falar é um pouco mais complicada, mas o paciente vai, aos poucos, se acostumando. Uma queixa bem comum é que o paciente “baba”, mas isso só acontece no início, quando ainda está se adaptando a e aprendendo a driblar as dificuldades para usar o aparelho. A vantagem em relação ao fixo é que se pode comer de tudo e a higienização é normal, pois se tira ao comer e higienizar.
Mas, por outro lado, como ele é móvel, muitos pacientes, principalmente no início do tratamento, acabam não usando o tempo indicado ou até mesmo acabam desistindo. Por isso, é importante ter disciplina no uso do aparelho ortodôntico móvel, para que se alcance os resultados esperados.
Muitas mães dos meus pacientes chegam ao consultório com essa dificuldade em relação à higienização do aparelho ortodôntico. Mas, calma, apesar de ser um processo um pouquinho trabalhoso, não é nenhum bicho de sete cabeças. Veja algumas dicas para auxiliar neste momento.
Se a criança usa aparelho móvel, a higienização é normal, pois se tira o aparelho para escovar os dentes. A limpeza do aparelho móvel é bem simples: escove o aparelho com uma escova de dentes média; durante o tempo em que não está usando o aparelho colocá-lo de molho numa solução para bochechos. Quanto aos cuidados com esse aparelho, recomenda-se, quando não estiver em uso, colocá-lo sempre na caixinha, principalmente, se estiver na rua, para não perdê-lo ou deformá-lo junto com outros objetos. Em casa, pode deixá-lo na solução antisséptica . Também deve-se cuidar para durante a noite não tirá-lo e dormir por cima, pois isso pode deformá-lo.
Quanto ao aparelho, fixo deve-se tomar muito mais cuidado ao escovar. Existe um kit de escovas especiais que costumo recomendar aos pacientes, que garante a higienização completa. Também é necessário muito mais cuidado com a alimentação: evitar balas chicletes pipoca e alimentos duros em geral.
Uma dica para fazer seu filho a escovar melhor os dentes: Mostre imagens de dentes cariados e peça para ele conversar com alguém (vó ou vô) que use dentadura para ele se dar conta da dificuldade de não ter dentes naturais.
Pacientes com queixo projetado normalmente são pacientes dos quais os ortodontistas “fogem”. Esse tipo de problema ocorre quando o crescimento da mandíbula – osso móvel e inferior da face que suporta os dentes inferiores – é projetado em relação a maxilar. Isso só acontece por dois motivos:
– Questões hereditárias: dependendo do grau, o indicado é tratamento cirúrgico/ortodôntico em adultos. Em crianças, mesmo sendo genético, conseguimos ótimos resultados com ortopedia funcional dos maxilares, pois a criança está em crescimento. Com esse tipo de aparelho, consegue-se direcionar o crescimento ósseo, solucionando o problema.
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– Questões posturais e respirador bucal: às vezes, a causa da classe III (como é chamado o “queixo projetado entre os dentistas) é devido à falta de desenvolvimento de maxila (osso que suporta os dentes superiores). Maxila atrésica pode ser consequência da respiração bucal, mordida errada ou má posição da língua. Nos casos de atresia maxilar, temos que expandir a maxila com o uso de aparelhos adequados e promover a respiração nasal. Em crianças, o tratamento é mais rápido e, também, é mais favorável, durando em torno de trinta meses. Em adultos, pode-se conseguir alguma melhora. É necessário fazer uma avaliação e documentação ortopédica com um ortopedista funcional dos maxilares para avaliar prognóstico.
Em ambos os casos, quando for possível tratar com ortopedia, o resultado é bem favorável em crianças, evitando-se cirurgia. Em adultos, às vezes conseguimos realizar tratamento sem extrações.
Tratar este tipo de problema é importante porque facilita a mastigação e aumenta a autoestima do paciente.
Saber qual o aparelho mais indicado para uma criança é uma resposta que somente o ortodontista pode responder, ao avaliar cada caso. Mas, podemos dizer que essa resposta depende de três fatores: da idade da criança, do tipo de problema apresentado e da colaboração do paciente.
Até 7-8 anos, normalmente, indica-se o uso do aparelho ortodôntico móvel, pois a criança está iniciando as trocas dentárias, perdendo os primeiros dentes de leite. Isso vale tanto para os casos simples de alinhamento dentário, como casos de problemas ósseos.
A partir de 8-9 anos, se o caso for simples, pode-se optar por aparelho fixo, que é colocado nos dentes permanentes e encaixado um anel ao redor dos dentes posteriores.
A avaliação do profissional é fundamental para acertar o tipo do aparelho ortodôntico a ser colocado. Também é importante a disciplina e a responsabilidade com o uso de aparelho: se for móvel, precisa usar bastante; e se for fixo, muito cuidado com a alimentação e escovação. É bem normal as crianças terem resistência a usar o aparelho. Por isso, preparei algumas dicas no infográfico 6 Dicas infalíveis para convencer seu filho a usar o aparelho.
Cefaleia nada mais é do que qualquer dor de cabeça, sendo a queixa mais comum nos ambulatórios. É também um dos sintomas mais comuns da DTM, ou seja, da Disfunção Têmporo-Mandibular. Segundo pesquisadores, 50% da população apresenta algum sintoma de DTM, sendo que 17% associam à dor de cabeça.
As cefaleias classificam-se em: enxaqueca, cefaleia tensional, associada a distúrbios metabólicos, associada a distúrbios da visão, entre outras. Existem 150 modalidades de cefaleias. Complexo, não!!!??
Segundo algumas pesquisas, e por experiência própria, a cefaleia tensional está mais relacionada com a DTM, pois está atribuída a espasmos e isquemias dos músculos da cabeça e pescoço. Quando instalado o problema a articulação não funciona corretamente por estar sobrecarregada (mastigação viciosa, bruxismo) ou por desviar da sua trajetória normal. Isso ocasiona uma sobrecarga nas estruturas da articulação e gera uma inflamação local. o líquido da inflamação comprime a s estruturas adjacentes, ocasionando a dor.
Médicos do ambulatório de cefaleias do Hospital de Clínicas de BH realizaram várias pesquisas e concluíram que 70% das queixas de cefaleia estavam associadas a DTM. É difícil determinar uma relação de causa e efeito entre as duas situações, mas o tratamento para DTM pode aliviar bastante o tormento e melhorar a qualidade de vida.
Depois de tantas evidências, já deu para perceber que dentes bem engrenados, afastam males da cabeça aos pés! Isso já é um grande motivo para sorrir!
O aparelho ortodôntico permite corrigir problemas estéticos e funcionais nos dentes e na arcada dentária. Mas você já parou para pensar como funciona?
O aparelho ortodôntico funciona através da força e direção que o fio (arco) exerce sobre o dente através dos bráquetes (que prendem o fio com as borrachinhas ou uma tampa acoplada à peça). Essa força realizada provoca um pequeno trauma no dente, reabsorvendo o osso ao redor do dente nos primeiros dias após a manutenção. Num período de cerca de 20 dias após esta ação, o osso vai sendo remodelado, ajustando-se à nova posição. Então, é necessário fazer um novo ajuste para proporcionar que o processo continue sendo realizado pelo osso. Por isso é que fazemos a manutenção do aparelho a cada 25-30 dias, pois é o tempo necessário para o osso se remodelar na nova posição sem correr o risco de perdê-lo.
Já os aparelhos ortopédicos agem através de uma mudança de postura terapêutica, ou seja, o aparelho leva os dentes, ossos e músculos para a posição correta, remodelando-os através da mudança na posição das arcadas e melhora das funções relacionadas, sem o uso de muita força. Esta mudança de postura “desprograma” o cérebro da postura viciosa, fazendo com que os dentes fiquem na posição correta.
Para definir qual o melhor tipo de aparelho, é necessário fazer uma avaliação e estabelecer alguns requisitos:
– Higiene bucal: um ponto muito importante a considerar em quem usa ou pretende colocar aparelho é a higiene bucal. Se a pessoa a faz adequadamente – ou está disposta a fazer – pode-se optar pelo fixo.
– Problema estético simples: pode-se optar por fixo, móvel ou placas alinhadoras. Vai depender bem do caso do paciente. Somente o ortodontista poderá dar a “palavra final”.
– Problema estético complexo: normalmente, o indicado é o aparelho fixo. Mais uma vez, somente o ortodontista poderá definir com exatidão.
– Dores intensas e frequentes: nestes casos, pode ser o móvel (ortopédico) ou fixo, vai depender da avaliação e técnica utilizada pelo profissional.
– Disciplina para o uso: este também é outro ponto importante para a análise e o paciente deve ser bem sincero consigo mesmo e com o dentista para avaliá-lo. Pacientes bem disciplinados – e dependendo da avaliação – podem usar o móvel. Caso contrário, normalmente, opta-se pelo fixo, cujo uso depende menos do paciente.
– Fala muito durante o dia? Então, o mais indicado é o fixo Sempre lembrando que vai depender do caso a ser solucionado.
Os aparelhos móveis não costumam machucar, são mais discretos em relação aos fixos metálicos, permitem alimentação e escovação normal, mas exigem mais disciplina, pois é necessário usar em torno de 18 horas diárias. Os aparelhos fixos exigem mais cuidado na alimentação, escovação, mas estão na boca 24 horas. Por isso é necessária uma boa avaliação para o sucesso do tratamento, onde o paciente deve ser totalmente sincero quanto à sua disponibilidade para o uso do aparelho.
Quer conhecer os vários tipos de aparelhos que existem? Leia o post Quais os tipos de aparelhos que existem?
Eu sei que é bem normal as mães e pais terem dificuldades para convencer seus filhos a usarem o aparelho corretamente. As desculpas são as mais prováveis e improváveis “do mundo”: dói, é feio, incomoda, vão me achar estranho, etc.
Se você passa por isso, deixa eu tentar te ajudar a melhorar essa situação. Conheça seis dicas que criei a partir de experiências no consultório com este tipo de problema.
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infalíveis
para convencer seu filho
a usar o aparelho
Você tem dificuldades para fazer seu filho usar o aparelho ortodôntico? Calma! Isso é
bem normal! Mas com essas dicas, tudo vai ficar mais fácil!
1
Seu filho é do Grêmio?
Gosta de rock n´roll? Sua
filha gosta da Minnie?
Adora um brilho?
É possível mandar
confeccionar aparelho
com personagens
favoritos, símbolo dos
times, com bráquetes
coloridos, com gliter e
muitos outros!
2
Todo mundo ama ver que algo que está
fazendo está dando resultados. Por isso, peça
ao dentista que sempre mostre a evolução do
tratamento, comparando com as fotos e
modelos iniciais.
Recentemente, tenho presenteado meus
pacientes com um quadro com foto antes e
depois do tratamento. E eles têm adorado!
3
Como reforço da dica 2,
você pode mostrar fotos
de crianças ou mesmo de
adultos que não usaram
o aparelho e evidenciar
como a aparência dele(a)
ficará melhor com o
tratamento.
4
Na hora de escovar o
dentes, em casa,
acompanhar a evolução
dos dentes, evidenciando
as melhoras.
5
Estimular as crianças
com brindes ou algum
benefício que ela possa
ter ao utilizar
corretamente o aparelho.
6
Como em tantas outras questões
relacionadas ao dia a dia do seu
filho, exigir disciplina nos horários
determinados para o uso do
aparelho.
Quanto mais cedo seu
filho começar o
tratamento, melhor. Além
de ser mais rápido, podese
evitar a realização de
cirurgias e extrações.
Lembre-se:
Leia mais no blog:
www.ortopediaportoalegre.com.br
Uma mãe antenada deve estar sempre de olho no crescimento dos seus filhos. E dar uma atenção para a dentição é um dos fatores que não pode ser deixado de lado desse check-list.
Se você costuma levar seu filho com frequência ao dentista, provavelmente uma indicação de uso de aparelho ortodôntico partirá dele. No entanto, existem alguns sinais indicativos: se você notar dentes superiores muito projetados, dentes desalinhados ou apinhados, mordida cruzada ou muito espaço entre os dentes, é bom marcar uma avaliação com um ortopedista funcional dos maxilares para verificar se é caso ou não de uso do aparelho.
Normalmente, é por volta dos 3 a 6 anos de idade que se consegue ter uma noção melhor dos problemas na dentição. E essa é justamente a idade ideal para a colocação do aparelho, pois, em função do crescimento da criança, torna-se mais fácil o remodelamento ósseo e direcionamento para uma mordida correta. O tratamento na infância, além de ser mais simples, na maioria dos casos evita extrações futuras e até mesmo cirurgias.
Se você perceber algum dos problemas que comentei acima, não deixe de levar seu filho a uma consulta, mesmo que seja para saber que está tudo bem!
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A Ortopedia Funcional dos Maxilares é uma especialidade da odontologia que soluciona desequilíbrios ósseos, musculares e de funcionamento dos maxilares através do uso de aparelhos ortopédicos. Questões como alinhamento de dentes e problema na articulação têmporo-mandibular (próximo ao ouvido), dores agudas ou crônicas na região, desencaixe da articulação, estalos ao abrir e fechar a boca, dificuldade de abrir e fechar a boca, dores de cabeça, ranger de dentes e ronco podem ser tratados com aparelhos ortopédicos.
Os aparelhos utilizados produzem estímulos e o cérebro responde remodelando estruturas ósseas, musculares articulares e funcionais. Não existe idade pré-estabelecida para iniciar o tratamento, mas sabe-se que obtêm-se resultado mais rápido na fase de crescimento, quando as arcadas estão em formação. No entanto, adultos também pode ter tratamento eficaz, principalmente em relação a dores e estalos, deslocamento na articulação, bruxismo e ronco.
Uma das questões mais interessantes dos tratamentos com Ortopedia Funcional dos Maxilares é que ela reduz a necessidade de cirurgia e extrações em muitos pacientes, preservando a estrutura óssea e dentária da pessoa.
É uma forma mais simples e menos invasiva de solucionar problemas diversos relacionados à saúde bucal.
O bruxismo é o ranger ou apertar os dentes. Seu maior fator desencadeante é a ansiedade, stress e má oclusão (arcadas que não se encaixam perfeitamente), mas também podem estar relacionados com outras causas, como resposta à dor de ouvido ou dor de dente (principalmente em crianças), refluxo estomacal, efeito colateral de alguns antidepressivos e fatores sistêmicos como respiração bucal, distúrbios neurológicos e deficiência nutricional.
O bruxismo pode ser a causa de dentes soltos e desgastados, DTM, dor orofacial, dor de cabeça e pescoço e também pode levar à pulpite (inflamação da parte mais interna do dente que contém os nervos e os vasos sangüíneos) e necrose pulpar.
O bruxismo tem uma taxa de prevalência de 15% em crianças, 13% em adultos jovens e de 3% acima de 60 anos. E é uma doença cada vez mais comum devido ao elevado nível de estresse a que somos expostos em nossas vidas pessoais e profissionais.
Como já falamos no texto Ranger de dentes pode causar dor orofacial, o bruxismo não tem cura definitiva, mas um ortopedista funcional pode fazer um tratamento com aparelhos ortopédicos que podem corrigir a mordida, ao mesmo tempo que aliviam os sintomas, ao contrário da placa de bruxismo que é um dispositivo paliativo. Para quem sofre de bruxismo, também é recomendável fazer exercícios físicos, pois o exercício auxilia na redução de stress e procurar dormir bem, também para aliviar a tensão e ansiedade geradas durante o dia. Em alguns casos, tratamentos fisioterápico e psicológicotambém trazem resultados interessantes. E uma última dica: evitar chicletes, procurar não ficar mordiscando objetos, como a ponta da caneta ou do lápis, e procurar não roer unhas, pois todos esses hábitos acabam sobrecarregando as mandíbulas.
A demanda de pacientes adultos que procuram tratamento ortodôntico vem aumentando significativamente. Isso se deve ao fato de que há um aumento na exigência estética por parte da sociedade e um sorriso bonito facilita o sucesso nas esferas social e profissional.
A idade ideal para fazer um tratamento ortodôntico/ortopédico é na infância/adolescência , mas nas últimas décadas se descobriu que também tem resultados favoráveis em adultos.
Muitos dos meus pacientes têm entre 30 e 40 anos, e constatei que, fazendo um tratamento bem planejado, se consegue ótimos resultados. Nesta faixa etária, os pacientes já se estabilizaram financeiramente, podendo investir em si mesmos. Inclusive tive pacientes que trouxeram os filhos, se animaram com o resultado e começaram o tratamento em si mesmos.
Nunca é tarde para corrigir o sorriso, melhorar a saúde bucal e às vezes até geral. Afinal uma mastigação errada pode alterar inclusive a postura. Leia mais sobre isso no E-book O que os dentes tortos revelam sobre a saúde.
O lado bom de começar um tratamento agora, tendo a idade que você tiver, é que esta área da odontologia avançou muito. Atualmente, para facilitar o tratamento, existem braquetes que, em geral, diminuem o tempo de tratamento e idas ao dentista. Além disso, também existem braquetes estéticos que tornam o sorriso com aparelho mais discreto.
O ranger de dentes pode causar dor orofacial sim, ou seja, aquela dor que provém dos dentes, da boca e dos maxilares, normalmente bastante intensa e que incomoda muito!! Essa dor se instala porque o bruxismo tenciona a musculatura da cabeça, face e pescoço.
Esse “ranger os dentes” é um caso de bruxismo, cujas causas principais são:
– ansiedade/estresse;
– má oclusão, ou seja, quando não há um encaixe perfeito entre as arcadas dentárias;
– resposta a dor de ouvido ou dor de dente (principalmente em crianças);
– refluxo estomacal do ácido do estômago para a boca;
– efeito colateral de alguns antidepressivos;
– fatores sistêmicos como respiração bucal, distúrbios neurológicos e deficiência nutricional.
As pessoas que mais sofrem desse mal são pessoas ansiosas, competitivas, agressivas, hiperativas, ou consumidores de álcool e drogas.
Normalmente, ocorre mais em mulheres, devido a fatores hormonais e sobrecarga de atividades, já que as mulheres, muitas vezes, acabam acumulando diversos papeis durante o dia (mãe, profissional, dona-de-casa, esposa).
A dor orofacial causada pelo bruxismo dificilmente tem tratamento definitivo, pois o seu maior fator desencadeante é o estresse.
No entanto, recomenda-se procurar um ortopedista funcional dos maxilares para uma avaliação, pois a dor orofacial causada pela má oclusão pode ser trabalhada com aparelhos ortopédicos funcionais. Esses aparelhos, além de proteger do bruxismo , corrigem a má oclusão, proporcionando um tratamento mais definitivo, pois a placa de bruxismo só ameniza os sintomas da oclusão, mas não trata/melhora a má oclusão. Inclusive nos casos em que o bruxismo é devido ao stress, consegue-se amenizar bastante os sintomas, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente.
Em casos de bruxismo, às vezes é recomendado um tratamento multidisciplinar com otorrinos e fonoaudiólogos, por exemplo. Por isso, é sempre bom ir ao dentista, preferencialmente aquele que seja ortopedista funcional dos maxilares, pois ele saberá orientar o tipo de tratamento necessário para cada caso.
Muitas mães percebem algum problema dentário no seu filho, como dentes muito separados ou para frente, mas acham que é muito cedo para buscar ajuda, pois ele ainda é muito novinho e tem muitos dentes de leite.
É importante esclarecer que quanto mais cedo a mãe buscar ajuda, mais rápido e fácil será o tratamento. Isso não quer dizer que ele vai fazer a colocação de aparelho ainda bebê. A colocação, normalmente, é feita por volta dos 5-6 anos, que é quando a criança tem todos os dentes de leite e está começando a fazer a troca pelos permanentes. Inclusive, é comprovado que tratamentos iniciados nesta fase têm resultados mais rápidos e efetivos, além de, em muitos casos, evitarem extrações futuras e até cirurgias.
A avaliação do ortopedista funcional e/ou ortodontista pode e deve ser feita o quanto antes, pois além dos problemas dentários em si, problemas nos dentes podem causar alterações nos ossos da face, ocasionando assimetrias faciais e em todas as funções relacionadas. Por isso a importância de ir no dentista desde cedo e fazer revisões regulares.
A solução de problemas estéticos está longe de ser o único problema solucionado pelo uso de aparelho ortodôntico. Claro que este costuma ser o principal motivo que leva os pacientes ao consultório dentário em busca do aparelho, mas você sabia que existem outras questões que podem ser resolvidas com ele? Deixa eu te explicar sobre isso.
Dentes desalinhados, projetados para a frente, muito espaço entre as arcadas e mordida cruzada são problemas bem óbvios que levam os pacientes a procurar o dentista e que são resolvidos com o uso do aparelho. Mas além desses, muitas pessoas acabam sendo encaminhadas por médicos ao dentista em casos de cefaleia, sono agitado e até mesmo déficit de atenção. Muitas vezes, a posição dos dentes e da própria mordida acaba gerando esses problemas e os médicos mais antenados já costumam desconfiar disso caso a pessoa não tenha, aparentemente, nenhum outro problema que possa estar causando esses desconfortos.
Encaminhados ao ortopedista funcional dos maxilares e/ou ortodontista, que diagnostica essas situações, passam a usar o aparelho e logo percebem melhoras. Com o tempo, os problemas somem, pois os dentes foram colocados nas posições corretas, eliminando a causa das dores e outros sintomas.
Outro problema que pode ser resolvido com o uso do aparelho é o do respirador bucal, ou seja, a pessoa que respira pela boca e não pelo nariz. Muitas vezes feito em conjunto com otorrinos e fonoaudiólogos, traz melhoras significativas na qualidade de vida da criança.
Os aparelhos ainda contribuem para corrigir a posição da língua, lábios e bochechas, proporcionando uma correta respiração, deglutição e mastigação.
Esta é uma questão que causa muita tensão tanto nos pais, quanto nas próprias crianças. A verdade é que não existe uma resposta única para essa pergunta. Como cada organismo responde diferente a tratamentos, não é possível precisar o tempo como uma regra geral.
A boa notícia é que os tratamentos ortodônticos em crianças costumam ser muito mais rápidos do que em adultos. Isso acontece porque, como o corpo está em crescimento, o remodelamento ósseo e direcionamento da mordida tornam-se mais fáceis. Por isso, sempre é recomendável que se comece o mais cedo possível, por volta dos 5-6 anos.
Normalmente, entre os 6 e 12 anos, o tratamento costuma levar em torno de 20 meses, dependendo da resposta biológica e colaboração do paciente. Sim, a colaboração do paciente é de suma importância, pois quanto mais a criança usar o aparelho, mais rápido chegaremos ao resultado desejado. Sabemos que a aceitação do problema ortodôntico, às vezes é difícil em um primeiro momento, mas assim que aparecerem os primeiros resultados se torna mais animador, até porque se consegue resolver outros problemas de saúde relacionados com dentes tortos.
A partir dos 5 e 6 anos já se pode pensar em ortodontia infantil, ou seja, aparelho em crianças. Nesta fase, como elas estão em crescimento, e isso facilita muito o redirecionamento da posição dos ossos maxilares. O resultado do tratamento é facilitado, além de ser mais rápido. Outra questão importante é que, iniciando-se nesta etapa, na maioria dos casos é possível evitar extrações futuras e até cirurgias de reposicionamento das arcadas.
Nesta idade, o mais recomendado é o uso de aparelhos ortopédicos funcionais (móveis), pois estimulam as vias nervosas sensoriais da boca, levando a mensagem indicada pelo aparelho para o sistema nervoso central, que responde remodelando ossos e músculos. Como resultado as arcadas são deslocadas para o lugar correto.
Costuma ser um pouco difícil motivar as crianças a usar o aparelho. Por isso, sugiro a confecção de aparelhos com motivos infantis e coloridos, que acabam transformando o aparelho quase que num “acessório” ao look da criança. Também estimulo bastante o uso durante a consulta, reforçando os benefícios que o tratamento trará para os pacientes.
Em alguns casos, pode-se optar por aparelhos fixos. Neste caso, é importante salientar a necessidade de cuidados maiores com alimentação e higiene. Mas, claro, somente o ortodontista é que poderá direcionar para um tipo ou outro corretamente.
Essa é a dúvida de 100% das mães que eu conheço e uma das que mais respondo em grupos de amigos e reuniões de escola. O ideal é que a primeira visita ao dentista aconteça assim que surgirem os primeiros “dentinhos de leite”, o que deve ser por volta dos seis meses.
Neste primeiro momento, as consultas serão preventivas para orientar os pais sobre higiene e alimentação e, também, para que o profissional já tenha uma noção do posicionamento das arcadas dentárias. Outra questão importante é que frequentar o consultório desde bem cedinho faz com que a criança vá se acostumando tanto com o dentista infantil (odontopediatra) quanto com os procedimentos que passarão a ser mais frequentes em sua vida.
Você pode até pensar “por que levar ao dentista e ter cuidados com dentes que serão temporários”, mas a questão é que esses dentinhos são de grande importância para a mastigação, a deglutição e a respiração da criança. Eles também guiam o posicionamento dos permanentes, além de manter o espaço para eles. Quanto mais cedo se detectar o problema na dentição, mais simples será o tratamento. Afinal, dentes tortos podem trazer uma série de problemas de saúde. Mas esse já é assunto para um outro post!